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sábado, 18 de setembro de 2010

Cleptomaniacas

As Fragatas, conhecidas popularmente também como tesourão, são facilmente encontradas nos céus da orla marinha da Ilha de Santa Catarina em vôo elegante.
Por não terem as penas impermeabilizadas, não podem entrar na água salgada, pois não conseguiriam voar novamente. Isto as leva a roubar o alimento de outros pássaros como atobás e gaivotas, que persegue e faz regurgitarem as presas, alcançando-a muitas vezes antes de tocar a água. Este comportamento chama-se cleptoparasitismo, e é tão marcante nestas aves que chegam a roubar até mesmo pequenos gravetos de outras fragatas para fazer seus ninhos.


Minha humilde mesa de trabalho


Certa vez, eu e um amigo, navegando próximo a Ilha das Aranhas, pudemos observar um grupo de aves (aproximadamente 30), entre eles  fragatas, atobás e gaivotas em perseguição a um pequeno passaro marinho semelhante a um painho. Após varias investidas dos atobás e gaivotas, o pequenino cansado pousou na água. Eis que surge um gavião e o agarra, e sai voando para a costa. Porém as fragatas perseguem-no e já ao longe, fazem-no largar a presa, que acredito ter sido devorada pelas fragatas.
Porém o comportamento oportunista das fragatas ajuda os pescadores a encontrar cardumes de grandes peixes predadores que costumam acompanhar para capturar pequenos peixes, que em fuga pulam fora dágua e são apanhados em vôos razantes precisos.



O macho infla o peito para atrair a fêmea.


No sul da ilha, costumam lavar-se nas Lagoas Pequena e do Pêri (água doce), dando vôos razantes e molhando-se levemente.
Já nas Ilhas Moleques do Sul, podem ser vistos em seus ninhos, muitas vezes com lindos filhotes cobertos de penugem.
 
Sobre a ilustração:

Aquarela Winsor & Newton Coatman, sobre Fabriano 50% algodão e retoques com lápis aquarelável Caran d'ache.
Utilizei como fonte, ilustração do livro The World Atlas of Birds, Gramercy Books, 2006, pag.98, além de fotos da internet e o livro Avifauna Brasileira de Thomas Sigrist, vol 1.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cabeça de Falcão



Após algum tempo parado, voltei a exercitar novamente.
Desta vez o alvo escolhido foi o Falcão Peregrino, realizado em aquarela W&N Coatman, sobre papel Fabriano 50% algodão.
Utilizei como base uma foto de Dietmar Nill, que encontrei no site www.arkive.org . Aliás esta página é muito interessante como fonte de consulta, pois possui um vasto arquivo fotográfico das mais variadas espécies animais.
Estou me dedicando a ilustrar pássaros pois quero ter uma noção a respeito.
Tive algumas experiências mais achei difícil o detalhamento das penas... mas estou insistindo.
Acho que o resultado ficou satisfátorio, mas a cabeça é mais fácil...


Algo sobre a espécie:

O Falco peregrinus é migrante do Hemisfério Norte e aparece no Brasil entre outubro e abril.
Por vezes  pode ser visto nas cidades onde descansa e busca suas presas. Tive a oportunidade de ver estas aves por duas vezes, quando ainda morava no centro de Florianópolis.
É um grande predador, e captura pássaros em voo com quase o seu tamanho.Também é o recordista de velocidade entre as aves, atingindo até 300km/h em mergulho.
Em 14 de novembro de 1973, no Rio Grande do Sul, foi coletado um juvenil anilhado no Texas, EUA em 10 de outubro do mesmo ano. O detalhe é que este animal tinha nascido também em 1973. Fonte: Avifauna Brasileira, Tomas Sigrist, Ed. Avisbrasilis, vol.2.