Por não terem as penas impermeabilizadas, não podem entrar na água salgada, pois não conseguiriam voar novamente. Isto as leva a roubar o alimento de outros pássaros como atobás e gaivotas, que persegue e faz regurgitarem as presas, alcançando-a muitas vezes antes de tocar a água. Este comportamento chama-se cleptoparasitismo, e é tão marcante nestas aves que chegam a roubar até mesmo pequenos gravetos de outras fragatas para fazer seus ninhos.
Minha humilde mesa de trabalho
Certa vez, eu e um amigo, navegando próximo a Ilha das Aranhas, pudemos observar um grupo de aves (aproximadamente 30), entre eles fragatas, atobás e gaivotas em perseguição a um pequeno passaro marinho semelhante a um painho. Após varias investidas dos atobás e gaivotas, o pequenino cansado pousou na água. Eis que surge um gavião e o agarra, e sai voando para a costa. Porém as fragatas perseguem-no e já ao longe, fazem-no largar a presa, que acredito ter sido devorada pelas fragatas.
Porém o comportamento oportunista das fragatas ajuda os pescadores a encontrar cardumes de grandes peixes predadores que costumam acompanhar para capturar pequenos peixes, que em fuga pulam fora dágua e são apanhados em vôos razantes precisos.
O macho infla o peito para atrair a fêmea.
No sul da ilha, costumam lavar-se nas Lagoas Pequena e do Pêri (água doce), dando vôos razantes e molhando-se levemente.
Já nas Ilhas Moleques do Sul, podem ser vistos em seus ninhos, muitas vezes com lindos filhotes cobertos de penugem.
Sobre a ilustração:
Aquarela Winsor & Newton Coatman, sobre Fabriano 50% algodão e retoques com lápis aquarelável Caran d'ache.
Utilizei como fonte, ilustração do livro The World Atlas of Birds, Gramercy Books, 2006, pag.98, além de fotos da internet e o livro Avifauna Brasileira de Thomas Sigrist, vol 1.